Thursday, September 14, 2006

"QUATRO ANOS DEPOIS"...

salvadorpereirasantos@hotmail.com

Enquanto aguardo ansiosamente pelo celebérrimo “Masterplan” para o Centro Histórico de Gaia, cujo projecto tem sido ampla e repetidamente anunciado para finais deste mês, recordo hoje um texto inserto no livro “1997-2001 Quatro Anos Depois”, editado pela Câmara Municipal de Gaia, onde se passa a “pente fino” a obra feita no primeiro mandato do Dr.Filipe Meneses e se “esbanja” promessas para o quadriénio seguinte (2002-2005).
Aqui vai (os sublinhados são meus) o que se pode ler naquela publicação a páginas 24 e 25, sobre o Centro Histórico de Gaia:

« (...)
Por ironia, o primeiro toque de recuperação foi deixar estar o que estava: as pessoas. A genuinidade deve ser a característica dos centros históricos. Depois, pensada a intervenção, foi agir, reconstruir, nalguns casos destruir o que estava mal para colocar o que fica bem.
Vinicius de Morais referia-se às mulheres, obviamente, quando dizia: ‘que me desculpem as feias, mas beleza é fundamental’. Aplique-se, porém, este princípio aos edifícios e percebe-se como era decisivo eliminar o Parque de Exposições que, entre fealdade e outros males maiores, escondia o Douro de parte da cidade.
Em seu lugar vai nascer o ‘Cais de Gaia’ com as suas lojas, os seus restaurantes e bares, mais dois parques de estacionamento com capacidade para 800 carros, na lógica do ‘no parking, no business’. Não muito longe situar-se-á o Centro Cultural erguido a partir da antiga Real Companhia Velha e os seus dez mil metros quadrados. É lá que encontraremos o Cinema Novo (Fantasporto), o Hot-Club e um espaço para espectáculos capaz de albergar duas mil pessoas. Não muito longe ficará instalado o Teatro Experimental do Porto.
(...)
Este é um dos empreendimentos tornados possíveis pelo Programa Polis entretanto negociado para Vila Nova de Gaia.
(...)
Vindos de passeio até Lavadores e entre dois tragos de uma qualquer bebida nas esplanadas a instalar no passeio fluvial talvez seja de dar uma olhadela para a escarpa situada por baixo da Serra do Pilar junto à Ponte D.Luís. Quem diria que ali vai surgir um ‘Fórum de Liberdades Cívicas’, uma espécie de Loja do Cidadão ao contrário, onde se pode recorrer não a serviços do Estado mas contra o Estado ou complementares do Estado? Ali terão a sua sede o Juris Honoris, o S.O.S. Racismo, a Abraço e mais instituições de luta contra a SIDA, a Quercus e outras que ali queiram ficar

Quatro anos… e mais de oito meses depois, as promessas continuam por cumprir! Mais comentários para quê?...

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