Sunday, November 02, 2008

PARA ACABAR DE VEZ COM AS DÚVIDAS: EU DEFENDO O CONDICIONAMENTO DE TRÂNSITO NO CENTRO HISTÓRICO, MAS…

salvadorpereirasantos@hotmail.com

Para que não pairem quaisquer dúvidas sobre a coerência das minhas opiniões, urge clarificar o que penso relativamente ao condicionamento de trânsito no Centro Histórico de Gaia. A minha posição não se alterou em nada a este propósito. Defendo a interdição de trânsito na avenida Diogo Leite e no miolo da beira-rio, no perímetro compreendido entre a rua General Torres e a rua Serpa Pinto, excepto a todos os lá vivem ou trabalham ou a quem exerça cargos directivos nas instituições sociais, desportivas e culturais ali sedeadas. Mais ainda: os familiares dos habitantes seniores e os antigos moradores também deviam poder circular livremente nas áreas condicionadas, situação que se devia igualmente aplicar a todos os utentes de serviços sociais e de saúde e aos pais dos alunos de escolas da zona intervencionada.

A livre circulação deveria estender-se às viaturas de emergência e aos transportes públicos. No que respeita ao uso de “mecos” e de sistemas de vigilância, ele devia ser simplesmente abolido. Quanto a novos parques de estacionamento, estes deviam ser criados apenas nas imediações das ruas General Torres e Serpa Pinto, artérias que passariam a ter dois sentidos de trânsito. Os habitantes do Centro Histórico deviam ter parqueamento gratuito, de forma a dissuadi-los de entrar na área condicionada, o mesmo sucedendo com empresários e cidadãos associados das agremiações da zona. Enquanto isto, seria necessário reabilitar os imóveis degradados e ao abandono, fomentar a criação de espaços de oferta cultural e turística, promover e incentivar o comércio local, recuperar e dignificar o património histórico.

É isto que eu defendo, para melhorar as condições de vida no Centro Histórico de Gaia, aumentar a sua atractividade e diminuir os impactos negativos provocados no meio ambiente resultantes da crescente poluição sonora e atmosférica. Tudo isto porque, ao contrário do que alguns pensam e do que outros querem por força convencer-nos, a sobrevivência do comércio, a vitalidade das indústrias e a qualidade de vida dos cidadãos não depende do automóvel. O futuro está exactamente no lado oposto, na eficiência global do transporte público, numa maior criação de artérias destinadas exclusivamente a peões, no incremento de novas ciclovias, no crescente condicionamento da circulação de veículos particulares nos grandes centros urbanos. Em suma: na diminuição da contaminação do ar!

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