A URBANIZAÇÃO SOCIAL MIRADOURO VAI SER FINALMENTE CONSTRUÍDA?!...
salvadorpereirasantos@hotmail.com
Anunciada publicamente por três vezes e adiada por outras tantas vezes, a construção da Urbanização Miradouro parece que vai finalmente avançar. Na passada quarta-feira, Luís Filipe Menezes convocou a Comunicação Social para a cerimónia de lançamento da primeira pedra daquele complexo habitacional, a erigir na rua General Torres. Na ocasião, o autarca voltou a referir que o empreendimento consagra cerca de meia centena de apartamentos sociais, para além de um pequeno mercado “popular” e de um parque de estacionamento com capacidade para 45 viaturas. No afã de lograr novos encómios ao seu auto-propalado espírito empreendedor e dinâmico, Menezes enfatizou que aquela obra representa um investimento de dois milhões e meio de euros, esquecendo-se pela enésima vez de dizer que o Instituto Nacional de Habitação garante o financiamento a fundo perdido de cerca de 50% do custo da empreitada.
Mas não ficaram por aqui as omissões do presidente da Câmara de Gaia. Faltou-lhe informar, por exemplo, que a Urbanização Social Miradouro consta da lista de projectos candidatos ao QREN, o que equivale a dizer que o investimento da autarquia neste empreendimento será de zero euros! Luís Filipe Menezes parece ainda ter-se esquecido de que o prazo de execução da obra ascende a 375 dias, conforme consta do seu caderno de encargos, o que equivale a dizer que mentiu ao dizer agora que a construção da Urbanização estará concluída em Junho próximo (ano de eleições, recorde-se...). Outro lapso de memória levou Menezes a colocar também em causa o que disse há dois anos. Nessa altura, o autarca afirmou que as casas destinar-se-iam a moradores do Centro Histórico a viver em condições degradantes, e agora diz que aquelas habitações serão entregues a famílias de Santa Marinha que foram por si deslocadas para outros locais.
Reposta a verdade destes factos, que ilustram o carácter (ou a memória?...) do homem que governa Vila Nova de Gaia de olhos permanentemente fixos noutros horizontes políticos e partidários, desejo acreditar que a construção da Urbanização Social Miradouro seja de facto uma realidade a muito breve prazo. É-me indiferente que a despesa seja suportada pelo Governo da República e por fundos de apoio comunitários, assim como me é pouco relevante que as casas sejam ocupadas por cidadãos que moram em condições infra-humanas nas velhas ilhas terceiro-mundistas e nos prédios degradados que inundam o Centro Histórico ou por algumas das largas centenas de pessoas que foram forçadas a deixar a beira-rio para locais onde se sentem profundamente desenraizadas, desde que os “escolhidos” sejam de facto os socialmente mais carenciados. Para mim, o que é realmente importante é que a obra se faça!
Devo confessar, porém, que, ao ouvir o vice-presidente da autarquia dizer que se perspectiva o inicio da construção de outros dois empreendimentos de habitação social naquela zona para Fevereiro de 2009, começo a temer que tudo não passe afinal de mais um triste episódio do delirante Programa de Propaganda da Câmara de Gaia para convencer os menos atentos da bondade das políticas urbanísticas e sociais engendradas para o Centro Histórico. Na verdade, a autarquia não está minimamente preocupada com a melhoria da qualidade de vida e da condição social dos habitantes da zona. Basta ver o estado lastimável em que se encontram os edifícios de propriedade camarária e o lamentável abandono a que se tem votado a gente que habita na beira-rio profunda para que isso se perceba. Mas, apesar de tudo, eu quero acreditar que os senhores que ocupam os gabinetes da avenida da República ainda tenham algum pudor…
Anunciada publicamente por três vezes e adiada por outras tantas vezes, a construção da Urbanização Miradouro parece que vai finalmente avançar. Na passada quarta-feira, Luís Filipe Menezes convocou a Comunicação Social para a cerimónia de lançamento da primeira pedra daquele complexo habitacional, a erigir na rua General Torres. Na ocasião, o autarca voltou a referir que o empreendimento consagra cerca de meia centena de apartamentos sociais, para além de um pequeno mercado “popular” e de um parque de estacionamento com capacidade para 45 viaturas. No afã de lograr novos encómios ao seu auto-propalado espírito empreendedor e dinâmico, Menezes enfatizou que aquela obra representa um investimento de dois milhões e meio de euros, esquecendo-se pela enésima vez de dizer que o Instituto Nacional de Habitação garante o financiamento a fundo perdido de cerca de 50% do custo da empreitada.
Mas não ficaram por aqui as omissões do presidente da Câmara de Gaia. Faltou-lhe informar, por exemplo, que a Urbanização Social Miradouro consta da lista de projectos candidatos ao QREN, o que equivale a dizer que o investimento da autarquia neste empreendimento será de zero euros! Luís Filipe Menezes parece ainda ter-se esquecido de que o prazo de execução da obra ascende a 375 dias, conforme consta do seu caderno de encargos, o que equivale a dizer que mentiu ao dizer agora que a construção da Urbanização estará concluída em Junho próximo (ano de eleições, recorde-se...). Outro lapso de memória levou Menezes a colocar também em causa o que disse há dois anos. Nessa altura, o autarca afirmou que as casas destinar-se-iam a moradores do Centro Histórico a viver em condições degradantes, e agora diz que aquelas habitações serão entregues a famílias de Santa Marinha que foram por si deslocadas para outros locais.
Reposta a verdade destes factos, que ilustram o carácter (ou a memória?...) do homem que governa Vila Nova de Gaia de olhos permanentemente fixos noutros horizontes políticos e partidários, desejo acreditar que a construção da Urbanização Social Miradouro seja de facto uma realidade a muito breve prazo. É-me indiferente que a despesa seja suportada pelo Governo da República e por fundos de apoio comunitários, assim como me é pouco relevante que as casas sejam ocupadas por cidadãos que moram em condições infra-humanas nas velhas ilhas terceiro-mundistas e nos prédios degradados que inundam o Centro Histórico ou por algumas das largas centenas de pessoas que foram forçadas a deixar a beira-rio para locais onde se sentem profundamente desenraizadas, desde que os “escolhidos” sejam de facto os socialmente mais carenciados. Para mim, o que é realmente importante é que a obra se faça!
Devo confessar, porém, que, ao ouvir o vice-presidente da autarquia dizer que se perspectiva o inicio da construção de outros dois empreendimentos de habitação social naquela zona para Fevereiro de 2009, começo a temer que tudo não passe afinal de mais um triste episódio do delirante Programa de Propaganda da Câmara de Gaia para convencer os menos atentos da bondade das políticas urbanísticas e sociais engendradas para o Centro Histórico. Na verdade, a autarquia não está minimamente preocupada com a melhoria da qualidade de vida e da condição social dos habitantes da zona. Basta ver o estado lastimável em que se encontram os edifícios de propriedade camarária e o lamentável abandono a que se tem votado a gente que habita na beira-rio profunda para que isso se perceba. Mas, apesar de tudo, eu quero acreditar que os senhores que ocupam os gabinetes da avenida da República ainda tenham algum pudor…
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