Monday, February 18, 2008

AS TRAPALHADAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE GAIA AFECTAM AS AULAS DO SEGUNDO SEMESTRE DOS CURSOS DA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DA SAÚDE

salvadorpereirasantos@hotmail.com

Quando, nos inícios de Outubro do ano passado, saudei a intenção da Câmara Municipal em acolher no Centro Histórico de Gaia a Escola Superior de Tecnologias da Saúde (ESTS), do Instituto Politécnico do Porto, fiz algumas observações que entendi serem oportunas e avisadas. Comecei por dizer que não seria fácil encontrar no edificado existente um espaço com as características adequadas ao fim pretendido e em tempo de cumprir o desiderato a que a autarquia se propunha: conseguir que o segundo semestre de aulas do ano lectivo em curso (a começar nos primeiros dias de Março de 2008) tivesse lugar naquelas novas instalações. Nesse sentido, defendia eu que a solução deveria passar pela construção de um edifício de raiz, na Serra do Pilar, no lado oposto ao espaço destinado ao futuro campus escolar “básico/secundário”.

A opção da Câmara parecia passar, no entanto, pela transformação de uns velhos armazéns de vinho do Porto, o que me levou a temer que se viesse a cometer o mesmo tipo de “crime” que se projecta para as antigas instalações da Real Companhia Velha, à beira-rio. Felizmente, pessoa amiga diz-me que não. Ao que parece, a ESTS será construída em ferro, aço e vidro, por dentro de uns armazéns erigidos em pedra. Ou seja, neste caso, houve o cuidado de manter e preservar o conjunto edificado, introduzindo apenas as alterações entendidas como imprescindíveis para a adaptação do imóvel à sua nova vocação. O responsável pelo projecto de reconversão do imóvel é o arquitecto Pedro Balonas, que terá procurado «promover uma melhor articulação com as construções adjacentes e com o espaço público envolvente, dinamizando-o».

Segundo a informação recolhida, as futuras instalações da ESTS vão ocupar três pisos: um para áreas laboratoriais, salas de fisioterapia, salas de informática e espaços sociais; outro para salas de aulas, gabinetes de docentes, zona administrativa e direcção; e um outro com vista a salas de estudo e sala de radiologia. Para resolver a falta de luz, dispensável à vocação original do imóvel, está projectada a abertura de vãos/lanternins em quase toda a cobertura, de forma a obter luz directa na maioria dos compartimentos. Nas fachadas existentes serão abertos rasgos para novas janelas. As aberturas das fachadas orientadas a nascente e sul integrar-se-ão com a traça do alçado norte. E será construído um pátio interior numa das naves, para permitir a entrada de luz nos espaços interiores, sendo reformulada a respectiva cobertura existente.

Até aqui, tudo bem (e se assim for, resta-me felicitar a obra). Mas… Outros problemas agora se levantam, por erros de cálculo e omissão na elaboração do projecto. O primeiro prende-se com o facto da rua (Valente Perfeito) onde vai nascer a Escola enfermar de um grande défice de acessos, o que dificulta a concretização de um dos objectivos que determinaram a localização da ESTS em Gaia: a dinamização e repovoação do Centro Histórico. Sem novos acessos viários e pedonais que liguem o Equipamento à malha urbana ribeirinha, os alunos, os docentes e o pessoal auxiliar e administrativo estarão sempre de passagem (entre as duas margens), não se fixando por cá. E, assim, um investimento que devia ser estruturante para a cidade, corre o sério risco de servir apenas como entreposto de saber e inteligência, entre o Porto e Gaia.

Este problema, somado a um outro relativo a atrasos na obra (apesar das soluções construtivas terem tido em conta o prazo muito curto para a execução, a verdade é que a derrapagem aconteceu…), criou um efeito “bola de neve”, de consequências penalizantes para os estudantes. Ou seja: enquanto a Câmara de Gaia não conclui as futuras instalações da ESTS (cujo compromisso apontava para final de Fevereiro) e não cria os novos acessos, os alunos vêem-se obrigados a "pular" entre as velhas dependências do Instituto Politécnico na Praça Coronel Pacheco, no Porto, e umas improvisadas salas de aulas que o Município gaiense “inventou” para os lados de Santo Ovídio. Esta lamentável situação está a provocar uma justa onda de indignação no seio da Associação de Estudantes da ESTS, sendo de prever que degenere em posições extremadas que a ninguém servem. Sobretudo aos alunos.

Enfim, mais uma das muitas trapalhadas do Executivo de Luís Filipe Menezes!...

3 Comments:

Blogger Unknown said...

nada disto me choca

10:56 PM  
Blogger Unknown said...

Nada disto me choca porque vindo de um partido que acusa o PS DE SOCRATES de nao viver no país real(nao sou do PS , MAS DOU nota bem altA a JOSE SOCRATES), e que as sexta feiras fazem anuncios repetitivos de obras, de projecto que n saiem do papel e do lapis do arquitecto ate ja se diz e é o povo que fala , mas eu n digo porque para o fazer teriam que existir provas:Mas voltando a virtualidade de GAIA sim porque tudo é virtual e alem dessa Escola Superior que a mim como habitante como pai pouco ou nada me diz, porque ao olhar em redor do parque escolar e condiçoes que os meus filhos e amigos oriundos da beirario têm acho ridiculo acho megalomano pensarem em super projectos e se assiste á constante degradaçao e pouca apelativa escola do choupelo....sem pavilhao escolar sem salas de convivio condignas sem um projecto de Escola virado para a principal actividade do local O TURISMO , SEM TRANSPORTES regulares, sem segurança rodoviaria, por isso pouco me diz o local da escola superior vou elencar obras virtuais devidamente publicada com enfase e publicidade--- o bairro de general torres( ainda bem que n esta ser construido porque seria mais uma reserva de indigenas ou gueto), o ridiculo elevador panoramico para turista ver, a ponte so com uma margem, tanta virtualidade fica para um proximo comentario...aguimaraes

11:15 PM  
Blogger Unknown said...

trapalhadas? é lá isso possível, ... nós não percebemos é o que eles fazem em prol desta autarquia modelo.

2:52 AM  

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