SANTA MARINHA, MEU AMOR

Monday, July 30, 2007

AINDA O “MARÉS VIVAS”...

salvadorpereirasantos@holmail.com

Falta acrescentar um importante pormenor para perceber a verdadeira dimensão surreal da famigerada novela “Marés Vivas” (ver textos dos passados dias 9 e 20): quando, em Junho, o vereador Firmino Pereira anunciou a realização do festival, garantiu que o acesso seria gratuito; mais tarde, em meados de Julho, o mesmo autarca voltou a assegurar que o “Marés Vivas” teria entradas gratuitas; menos de dez dias depois, a Câmara publicitou o evento... com entradas pagas!

Depois de transformar um genuíno festival pop-rock num hibrido de duas populares bandas e quatro desconhecidos DJs, a Câmara dá o dito por não dito quanto à gratuitidade do evento e condiciona o acesso à praia do Areínho no dia 15 de Agosto, a partir das 19h00, a portadores de bilhetes. Apesar do custo dos ingressos (15 euros), o vereador Firmino Pereira acredita que o “Marés Vivas” arrastará até Oliveira do Douro vinte mil pessoas. Eu lá estarei para ver e contar... como foi!

Wednesday, July 25, 2007

AS PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS DA CÂMARA DE GAIA… E A DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE NA SERRA DO PILAR

salvadorpereirasantos@hotmail.com

Soube há dias pela comunicação social que a Câmara Municipal se afirma muito preocupada com os elevados níveis de dióxido de carbono (CO2) emitidos em Vila Nova de Gaia. Por essa razão, decidiu implementar recentemente uma experiência piloto no que toca à iluminação pública, baseada fundamentalmente em reguladores de fluxos de energia, na zona da Serra do Pilar. O que é curioso, caricato e paradoxal, é que naquele lugar os problemas de salubridade mais básicos continuam ainda por sanear e a consolidação dos elementos naturais e a regularização do quadro edificado permanecem sem solução à vista, devido à insensibilidade do Município para estas questões de natureza… social e ambiental. Mas, enfim…

Diz entretanto o vice-presidente Marco António Costa que a edilidade irá brevemente desenvolver em todo o concelho o sistema testado na Serra do Pilar, o que evitará a emissão de 3.400 toneladas/ano de CO2 e proporcionará uma economia anual de 630 mil euros aos cofres da autarquia. Segundo o número dois do executivo de Menezes, o sistema agora adoptado, que inclui a implementação de um sistema de monitorização e controlo para adequação da luminosidade às necessidades reais, bem como uma gestão optimizada de toda a rede, comprovou a sua eficácia noutros países e, pela primeira vez, será implementado num município português. Deste modo, diz ele, a Câmara de Gaia ajudará o país a cumprir os objectivos estabelecidos pela União Europeia.

As alterações climáticas constituem, de facto, o desafio mais importante das próximas décadas no domínio do ambiente. Por isso, a União Europeia definiu como objectivo evitar que a temperatura global aumente mais de dois graus acima do nível da era pré-industrial. O que significa que, até 2020, o mundo tem de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 20%, nomeadamente o CO2 que emitimos quando queimamos combustíveis fósseis. Em resultado dessas preocupações, foi assinado o Protocolo de Quioto, que acabou, no entanto, por ter um efeito perverso, porque permite que os países mais ricos e mais poluentes “comprem” aos países mais pobres as emissões de gases que estes não produzem.

Apesar de começar agora a enfrentar com alguma seriedade a situação, o nosso país tem sido um dos “compradores” de emissões de gases com efeito de estufa. E Marco António Costa graceja com a gravidade do problema ao dizer que se Portugal falhar no cumprimento das normas estabelecidas pela União Europeia, não será por culpa de Vila Nova de Gaia. Para dar como exemplo de lição da autarquia ao governo da Nação em matéria de ambiente, o vice de Menezes exibe os seus inegáveis dotes de humorista ao afirmar que a edilidade se propõe investir cerca de três milhões de euros num sistema que visa optimizar os consumos de energia na iluminação pública... Como se a questão das alterações climáticas se resolvesse simplesmente com a poupança de energia!...

Mas não, não basta poupar energia. É absolutamente necessário implementar uma política ambiental séria, estruturante e sustentada. Uma política que fomente a energia solar e generalize o seu uso nos edifícios públicos e privados; que aumente a eficiência energética nos edifícios, desde a fase do projecto, ou em processos de reabilitação do edificado; que proteja as áreas rurais, agrícolas e florestais; que crie grandes espaços verdes públicos, zonas onde o carbono é fixado e reciclado pelas plantas; que tome medidas que contrariem o domínio do automóvel e garanta uma rede concertada, confortável e acessível de transportes públicos, conjugando, assim, energia e território, numa abordagem integrada com visão de futuro, etc, etc…

Na verdade, Vila Nova de Gaia tem todas as condições para se transformar num Concelho Verde, com mais qualidade de vida. A começar pela Serra do Pilar, onde a Câmara testou um novo sistema de poupança energética, mas insiste em ignorar os enormes e graves problemas ambientais (e sociais) que por lá se vivem… e se sofrem há tempo de mais!!! As agressões ao meio ambiente e à dignidade da pessoa humana fazem parte do quotidiano local sem que se conheça um projecto ou um plano estratégico que vise acabar com esta degradante situação. Chega, senhor Marco António Costa! Faça uma política séria e consequente, combata com coragem, seriedade e determinação os problemas ambientais e sociais do município… e deixe-se de graçolas!

Friday, July 20, 2007

AFINAL SEMPRE VAMOS TER “FESTIVAL” MARÉS VIVAS… MAIS PEQUENO E COM MENOS BANDAS!!!

salvadorpereirasantos@hotmail.com

Vamos lá ver se nos entendemos. Primeiro, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia anunciou com grande alarido mediático a “recuperação” do Festival Marés Vivas, cuja última edição remonta a 2001, com um programa ambicioso e agendado para os passados dias 12 e 13 de Julho (dois dias de muita música e animação, com algumas das mais prestigiadas bandas da actualidade). Depois, a menos de dez dias do acontecimento, a Câmara veio a terreiro anunciar o seu cancelamento, alegando falta de patrocínios. Agora, alguns dias depois de ter feito o anúncio do cancelamento, a edilidade convocou a comunicação social para informar que, afinal, o Festival vai acontecer no dia 15 de Agosto próximo.

Para justificar a surpreendente reviravolta na decisão do cancelamento do Festival, o vereador da Juventude Firmino Pereira pretende agora convencer-nos que o executivo camarário conseguiu reunir em pouco mais de dez dias os patrocínios que não teve capacidade de angariar em dois anos de mandato. É óbvio que a história está muito mal contada. A versão que corre por aí é esta, que me parece muito mais credível: o senhor vereador andou “a dormir na forma”, tratou o assunto com muita ligeireza e pouco profissionalismo, não garantiu os apoios financeiros necessários nem a disponibilidade das Bandas que havia anunciado… e decidiu cancelar o Festival. O “general” Menezes não gostou (as eleições não tardam e é preciso cuidar da imagem!...), puxou dos “galões” e exigiu o Marés Vivas. As “tropas” reuniram de emergência e o resultado, como sempre, não foi brilhante.

É grande o desnorte e pequeno o Festival: mas é tudo o que a Câmara tem para nos dar!... Depois de muitas hesitações: cancela (esta do cancela não é qualquer piada de mau gosto ao ódio de estimação de Luís Filipe Menezes, juro…), não cancela, baralha e volta baralhar; dá, não dá, talvez dê – o melhor é dar! E, pronto, lá vai disto: em vez dos anunciados Blasted Mechanism, Blind Zero, Terrakotta, James, Datsuns, Young Gods, Chemichal Brothers e Da Weasel, só teremos estas duas últimas bandas e alguns (ainda desconhecidos) “disc-jockeys” na praia do Areínho, no feriado de Agosto, exactamente no dia em que o Festival de Paredes de Coura encerra as suas portas com um cartaz de luxo (realmente, a Câmara de Gaia não podia ter escolhido pior data para este “arremedo” do Marés Vivas!).

Enfim... para já é o que temos, se não houver outro cancelamento. Com esta gente tudo é possível!...

Friday, July 13, 2007

POBRE FREGUESIA QUE TEM UM PRESIDENTE DE JUNTA TÃO… TÃO… TÃO… TÃO… “FRACO”!!!...

salvadorpereirasantos@hotmail.com

A “Informação Escrita” do senhor presidente da Junta de Freguesia de Santa Marinha sobre a actividade desenvolvida entre 19 de Abril e 18 de Junho de 2007, disponível no site da autarquia, é reveladora do entendimento redutor que ele tem das competências daquele órgão de poder local e das suas capacidades pessoais para exercer tão importante e exigente cargo. Para além de evidenciar a inconcebível pobreza dos trabalhos realizados pelo executivo da Junta naquele período temporal, o texto manifesta uma quase impossibilidade do seu presidente em materializar um pensamento, enferma de um chorrilho de erros de concordância, ortográficos e de pontuação, denota uma ausência de capacidade de raciocínio do seu autor e exibe um vocabulário paupérrimo e reduzidíssimo.

Recupero daquele documento estes preciosos nacos de prosa (que transcrevo “ipsis verbis”): «Admitimos para o Espaço “Zé da Micha” um P.O.C; “Programa de Ocupacional de Carenciados” elemento colaborador que irá funcionar como dinamizador»; «Colaboramos com a Federação de Ténis de Mesa e com o C.D. Marco, na organização dos Campeonatos nacionais da modalidade, em que o representante de Santa Marinha, se sagrou campeão Nacional de Juniores e vice Campeão em seniores, no final, foi prestada pela Junta de Freguesia a respectiva homenagem aos campeões»; «A pedido da C. M. de Gaia para que esta Junta de Freguesia se pronuncia-se sobre o nome a dar a arruamento de uma alameda junta à rua André de Castro (…)». Lindo, não é? O que se espera de alguém que se expressa assim?!...

Diz o concidadão Pedro Fraga, num comentário ao meu post de 15 de Março, que o presidente da Junta de Santa Marinha «é trabalhador e dedicado», reconhecendo, porém, que ele «tem pouca competência e conhecimentos». Ora, mas é exactamente aqui que reside o cerne da questão. De que nos serve muito trabalho e dedicação, se todo esse esforço, denodo e voluntarismo, resulta em pouco mais do que… nada?! Os santamarinhenses precisam de ter na Junta alguém que os represente com dignidade em todas as esferas sociais e políticas, e saiba interpretar e mediar os seus anseios, criticas e reivindicações junto do município e dos demais órgãos institucionais. A população de Santa Marinha precisa de uma Junta que não a envergonhe e não se esgote em passeios e almoços de natal ou em pequenas obras “paroquianas”…

As mulheres e os homens de Santa Marinha precisam de um presidente de Junta que fale de igual para igual com os diversos poderes, quer sejam eles concelhios, distritais, regionais ou nacionais. Ele não pode remeter-se apenas às coisas comezinhas da “paróquia”. Tem de olhar mais longe, pugnar pelo desenvolvimento económico da freguesia, cuidar do enriquecimento cultural da sua população e reforçar o combate às chagas sociais que ensombram o nosso presente e comprometem o nosso futuro. E isso não se faz de cócoras, no “beija-mão” subserviente, à espera de mais “qualquer coisinha” que o presidente da Câmara queira fazer o obséquio de delegar na Junta. Santa Marinha precisa de uma Junta forte, interveniente e reivindicativa, ancorada num projecto estruturado, consistente e devidamente fundamentado, capaz de dizer o que quer e porquê!!!

Monday, July 09, 2007

A CÂMARA MUNICIPAL DE GAIA CANCELOU O FESTIVAL MARÉS VIVAS… POR FALTA DE PATROCÍNIOS!!!

salvadorpereirasantos@hotmail.com

Velho “órfão” nostálgico do Hard Club, onde tive oportunidade de ouvir alguma da melhor música que se produziu nos palcos portugueses nos últimos anos, foi com enorme satisfação que recebi a notícia, através da agência Lusa, de que a Câmara Municipal de Gaia ressuscitaria este ano o Festival Marés Vivas. Agendado para os dias 12 e 13 de Julho, o regresso do Marés Vivas prometia reunir aqui ao lado, na Praia do Areinho, os portugueses Da Weasel, Blasted Mechanism, Blind Zero e Terrakotta, entre outros, a par dos britânicos James e Chemichal Brothers, dos neozelandeses Datsuns e dos suiços Young Gods.

Mas se foi com alguma euforia que recebi esta notícia, há meses atrás, imaginem agora o meu desespero quando soube pelos jornais que a Câmara de Gaia decidiu cancelar o Festival… por falta de patrocínios! É certo que estas coisas acontecem em todo o lado, sobretudo em períodos de maiores constrangimentos financeiros. Mas cancelar, assim, desta forma, em cima da data do acontecimento, um evento que criara enormes expectativas junto da população juvenil gaiense e dos indefectíveis seguidores das Bandas anunciadas que residem fora do nosso Concelho, representa uma grande falta de respeito por todos eles.

Por outro lado, esta decisão, comunicada há dias pelo vereador Firmino Pereira, vem desmentir a ideia ilusória, criada por Luís Filipe Menezes, de que neste momento é extremamente fácil captar investimentos financeiros de privados para Gaia. Na verdade, o que o cancelamento do Festival Marés Vivas (cujo orçamento não ascenderia a mais de trezentos mil euros…) parece comprovar é que as milagrosas parcerias até agora anunciadas pelo município são todas obscenamente vantajosas para os privados, com “capital de risco” quase inexistente. Não sou cego: os milhões dos privados só aparecem em negócios de “betão” com grandes lucros garantidos à partida!